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Mensagem por Hunter Braddock Dom Fev 14, 2021 12:56 am

Raging Fire
Neste tópico será postada a trama de Hunter Braddock, filho de Hades e amaldiçoado por Perséfone. Postagens de terceiros não convidados serão ignorados e reportados á staff.
Hunter Braddock
Hunter Braddock
Filhos de Hades
Localização :
Somewhere

Idade :
27

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Mensagem por Hunter Braddock Dom Fev 14, 2021 1:00 am

Raging Fire

Infância

A descendência divina de Hunter lhe foi revelada muito cedo, na idade de 12 anos para ser mais exato e não fora uma experiência nada agradável. Lembrava-se perfeitamente de estar sentado no escritório com seu avô materno, que por sinal bebia grandes gole de whisky devido ao nervosismo de falar. Em suas mãos havia um papel grosso e ele alternava entre olha-lo e olhar o neto claramente confuso a sua frente.

— Não sei nem por onde começar, é tanta desgraça que a sua mãe trouxe pra família que até o filho do capeta veio junto. — Retrucou enquanto guardava o papel no envelope e voltava os olhos para a confusa criança a sua frente. — Diz aqui que você precisa saber disso cedo para sobreviver, então não irei fazer suspense. Seu pai não é uma pessoa mortal de carne e osso como nós. — Ele bateu no próprio peito com força mas como resposta teve apenas o olhar vazio do garoto o que o fez soltar um suspiro longo e exaustivo. — Seu pai é um deus, Hunter. Mas não “O” Deus, como conhecemos. Ele é o deus grego do mundo inferior e o sangue que corre em suas veias é semidivino. Isso o torna….— Ele pausou erguendo as mãos esfregando os dedos uns nos outros como se procurasse o termo correto. — Especial.

— O meu pai é um deus? — Ele sorriu embora ainda confuso, mas claramente animado com a ideia de ser semidivino. Aquilo irritou profundamente Clifford, que naquele momento realmente acreditou que estava criando um pequeno filhote de demônio. Não era possível que uma criança fosse ficar feliz ao saber que é filho de alguém cuja os domínios são a morte. — Isso quer dizer que eu tenho poderes?

— Eu não entendo disso garoto. — Respondeu impaciente. — Só estou lendo o que me foi passado. Agora que você sabe da situação, tudo fica mais perigoso. Vá para o quarto e arrume uma pequena mala que em breve um rapaz irá vir busca-lo para uma colônia de férias especial para garotinhos encapetados como você. — Clifford fez um movimento com mão dispensando o neto que saiu aos pulos sem entender o real rumo que sua vida havia acabado de tomar. Arrumou as malas de qualquer jeito e desceu pulando três degraus de cada vez e batendo a mala em todo canto sem conter sua exaltação.

Não demorou muito até que soassem três batidas na porta de entrada. Clifford rolou a cadeira de rodas até a porta e a abriu revelando um rapaz de cabelos escuros e cacheados até os ombros e pele escura. Aproximando-se sorrateiramente, Hunter percebeu que ele ostentava uma expressão preocupada mas honestamente não entendia. Se seu pai era um deus, porque todos estavam tão preocupados? Aquela era uma notícia esplêndida!

— Boa noite, me chamo Joel. Vim escoltar o garoto. — Ele ofereceu a mão para Clifford que a apertou cordialmente antes de dar um pouco de ré com a cadeira para que Hunter pudesse ir até a moldura da porta encara-lo com curiosidade. O jovem se ajoelhou e sorriu gentilmente para ficar no mesmo nível do filho de Hades. — Vamos para um lugar diferente, tudo bem? Lá é cheio de pessoas que nem você. Irá desenvolver suas habilidades conhecer coisas incríveis. — Seu tom era amigável e embora falasse sorrindo, o sorriso não chegava aos seus olhos. Coisa que passou desapercebido pelo menino.

— Eu sou tipo um….Um….Um super herói? — Perguntou animado e Joel riu levantando-se.

— É, quase isso. Mas precisamos ir depressa ok? Se despeça do seu avô, eu espero no carro. — O rapaz se virou e foi andando em direção ao automóvel sujo e maltratado que estacava-se estacionado na frente da mansão.

Hunter virou para o seu avô e ambos se entreolharam por alguns desconfortáveis segundos antes de Clifford avançar um pouco com sua cadeira e dar leves batidinhas no ombro de Hunter e assanhar seus fios escuros.

— Cuidado na vida. — Ele parecia se esforçar para colocar alguma emoção na voz, mas até o garoto sabia que o laço familiar ali não ia muito além do sangue.

— Tchau, vô. — Disse arrumando os cabelos e dando uma leve coçada na nuca sem saber bem o que falar antes de se dirigir ao carro, cuja os faróis já estavam acesos e Joel ocupava o banco da frente.

Enquanto saía de casa, Hunter viu uma mulher de vestes desbotadas no lado oposto da rua. Acreditava que era sua vizinha, a mesma que riu quando foi atacado pelo “cão mutante” meses atrás. Seu rosto, embora oculto pelas sombras, tinha uma expressão desagradável.

— Sentiu alguma coisa? — Disse Joel erguendo levemente a cabeça e farejando o ar como um cachorro mas o garoto apenas acenou negativamente. — Então vamos indo.

A viagem em si fora tranquila e pontuada por perguntas constantes de Hunter, que acreditava piamente que era um X-men ou algo do gênero, mas Joel era paciente e explicava aos poucos e ,de forma suave como funcionava o mundo semidivino. Mencionou que era filho de íris, a deusa dos arco-íris e uma espécie de mensageira dos deuses, similar a Hermes. Tudo parecia estar muito bem encaminhado, mas é claro que para Hunter as coisas teriam que ir de ladeira abaixo. Literalmente.

No meio da rodovia o veículo desviou para direita, mais precisamente para as margens de um bosque e subiu em direção da colina onde ao longe era possível ver um pinheiro iluminado pela luz suave da lua. Num geral seria uma imagem muito comum se não fosse a figura de um gigantesco dragão de bronze confortavelmente deitado sobre as próprias patas próximo a um pinheiro.  

Hunter pressionou as mãos e o rosto contra a janela de modo que até seu nariz ficara amassado. Estava boquiaberto com seu primeiro contato com o mundo mágico, o que trazia um sentimento nostálgico a Joel. Mas a paz não demorou muito tempo.

A medida que o carro subia a colina, as árvores e raízes no caminho pareciam estar cada vez mais difíceis de serem ultrapassados e Joel resmungava toda hora falando que nunca tinha sentido aquele caminho tão rebelde, mas antes que pudesse terminar a frase, uma enorme árvore esticou seus galhos que atravessaram a vidraça do carro e se contorceram como se tentassem perfurar os semideuses ali dentro. Hunter recebeu uma saraivada de folhas na cara, uma delas até ficando presa em seu nariz e ciscos em seus olhos, mas conseguiu recuar na cadeira e livrar-se de uma possível perfuração craniana. Com o coração acelerado num misto de medo e adrenalina, agarrou o banco com força e seus olhos foram imediatamente para Joel apenas para vê-lo concentrado em dirigir por cima das raízes e desviando bruscamente de mais galhos e plantas que vinham de todos os lados. Era o verdadeiro caos na natureza.

O veículo mal aguentava os sacolejos e seu motor fazia sons estranhos, Joel percebendo isso meteu o pé no acelerador sem pensar nas consequências. Na pior da hipóteses teriam que enfrentar o frenesi maluco da floresta a pé. Naquele caso rezaria aos deuses para ser protegido e conseguir sair vivo daquela missão juntamente com o garoto.

O carro avançou para frente com dificuldade, o motor bufava e chiava mas ainda assim conseguiram por algum milagre chegar no pinheiro guardado pelo dragão, que por sinal encontrava-se totalmente indiferente aos acontecimentos. Os galhos esbarravam em suas escamas de bronze e se quebravam como papelzinho na tentativa de pegar os semideuses que agora estacionaram ali próximo

—Vamos, rápido. — Joel falou apressado enquanto abria seu lado da porta e em seguida o lado de Hunter, que saiu arrastando a mala. O rosto estava vermelho e em seus olhos o desespero era óbvio. Pensava que a natureza estava brava consigo por ter jogado muitas latinhas pelo chão do Central Park ou por ter chutado aquele bode numa visita ao zoológico feita pela escola. Pobre Hunter, mal tinha ideia do que estava por vir.

Pegou a mão oferecida por Joel e ambos atravessaram os limites do mundo mortal. Ao pisarem em solo seguro, ambos viraram para ver a íngreme descida da colina e a floresta revolta que agora voltava ao normal como se nada tivesse acontecido. Os galhos e raízes agora recuavam como serpentes, plantas se remexiam e raízes se contorciam como vermes em solo quente. Mas quando estavam prestes a dar as costas para a colina uma árvore gigantesca próximo ao pinheiro tombou em cima do capô do carro, arrancando seu para choque. O pobre veículo não resistiu ao impacto e desceu capotando ladeira abaixo.

Joel e Hunter ficaram olhando com as bocas entreabertas e totalmente sem reação. Nem o veterano e muito menos o novato viram tal coisa acontecer. Aquele acontecimentos precisa ser relatado para Quíron, logo precisavam ir até a casa grande o mais rápido possível.

— Venha, vamos conhecer Quíron. — Disse Joel virando lentamente, ainda analisando a situação da colina e liderando o caminho. Hunter o seguiu de ré enquanto pôde para olhar o bosque que tentara lhe matar. Em sua cabeça aquilo tudo era tão incrível que se pegou desejando mais um obstáculo em seu caminho. Queria ver mais, aprender mais sobre aquele mundo.

Caminharam lentamente pelo acampamento com Joel sinalizando e falando sobre cada área até finalmente que chegaram na longa e retangular construção. Em sua varanda havia um homem de meia idade em uma cadeira de rodas que sorria cordialmente com os braços abertos.

— Ih, ele é igual ao vovô! — Disse Hunter apontando para o diretor de atividades. Joel teve que cobrir o rosto para esconder a risada. — Aleijado igualzinho! Só falta me atropelar.

Quíron e Joel caíram numa gargalhada inevitável ao ouvir as palavras daquela criança sem noção.

— Minha criança, me apresento dessa forma para não assustar os semideuses novatos, mas sou um centauro. Sabe o que é isso? — Perguntou e Hunter negou com a cabeça. — É isto aqui. — Então sem mais nem menos Quíron saiu da cadeira de rodas revelando que a parte inferior do seu corpo não eram feitos de pernas humanas como o esperado. Da cintura para baixo aquele homem era um cavalo de pelo castanho tão alto que hunter precisava olhar para cima para conseguir enxergar seu rosto. Novamente estava boquiaberto e exaltado, mal conseguia controlar seu corpo ou sua fala, mas naquele momento escolheu o silêncio.

— Sentem-se — Quíron indicou um banco de madeira ali próximo e os semideuses obedeceram. Hunter arrastando a mala, que por sinal estava em péssimo estado e encostando-a ao seu lado.— Hunter, meu garoto, você conversou com seu avô não foi? — O garoto fez que sim com a cabeça balançando as perninhas de forma ansiosa. — E o que ele disse?

— Que eu sou filho do capeta. — Disse simplesmente causando mais umas gargalhadas.

— Seu pai se chama Hades. Ele é o deus grego dos mortos e senhor do mundo inferior.

—Ele é ocupado? — Hunter perguntou piscando inocentemente.

— Muito, minha criança.

— Até no final de semana?

— Até no final de semana.

Hunter pressionou os lábios um contra o outro e entortou a boca enquanto dirigia as obres claras para baixo.

— Por isso que ele nunca foi me ver.

Daquela vez ninguém riu. O silêncio pesou após as palavras que claramente representavam a triste realidade de qualquer semideus. Quíron pigarreou antes de continuar.

— Você já passou por alguma experiência estranha? Viu monstros?

Hunter coçou o queixo encarando o teto enquanto vasculhava suas memória em busca da informação requisitada. Sua vida num geral, embora curta, sempre fora turbulenta mas sabia que conflitos familiares e confusão na escola não era a resposta que o centauro esperava.

— Uma vez, a pouco tempo atrás, os cachorros da vizinha me atacaram. Eram dois, mas quando eu olhei bem parecia mais um de duas cabeças. — Ele falava baixinho e as pernas se balançavam freneticamente com a lembrança. — Eu o matei, mas foi sem querer! — Ergueu as mãos espalmadas para cima como se esperasse que alguém o contrariasse, mas tanto o centauro quanto Joel permaneceram em silêncio. — A única pessoa que viu foi uma mulher de cabelos escuros com um vestido meio desbotado. Ela desapareceu depois que os cachorros estavam mortos — Naquele momento Joel e Quíron trocaram um olhar preocupado mas nada disseram. — Quando acabou, o corpo eram dos cachorros da vizinha e não do que tinha me atacado. Quando contei isso ao meu avô ele me bateu e me chamou de mentiroso.

Foi mais uma rodada de silêncio para os três ali exeto pela pata dianteira de Quíron que batia levemente no chão acompanhando Hunter.


— Imagino que tenha tido outras experiências e não contou a ninguém, não é? — Quíron perguntou num tom preocupado e Hunter fez que sim.

— Sim. E agora a floresta me odeia. — O centauro franziu a testa e então o garoto narrou o acontecido no bosque enquanto subiam a colina. Quíron parecia preocupado absorvendo cada gota de informação dada pelo garoto afim de montar as peças daquele quebra-cabeças.

— Acho que por hoje você já passou por muita coisa. — Anunciou batendo fortemente com a mão no cercado da varanda. — Joel, por favor acompanhe nosso novo campista para o chalé e certifique-se de que estará tudo nos conformes.

Joel assentiu e fez um gesto com a mão chamando o filho de Hades, que o acompanhou silenciosamente enquanto olhava ainda de forma curiosa os arredores. O chalé de Hades era uma construção obscura feita de pedras porém muito elegante. Quando Hunter abriu a porta percebeu que o lugar aparentemente não era usado a muito tempo pois só tinha um cheiro de fechado e havia a presença poeira além dos simples móveis e divisórias que respeitavam a privacidade de cada ocupante. Hunter subiu na primeira cama ao lado da porta e deixou a mochila pelo chão mesmo.

— Está confortável? — Perguntou Joel sorrindo ao ver o menino olhando ao redor com seus olhinhos curiosos.

— É, está legal. — Respondeu distraído.

— Então nós vemos amanhã. — Disse fechando a porta atrás de si.

Adolescência
Hunter agora tinha 17 anos e sua vida tinha mudado bastante nos últimos cinco que se passaram.

Inicialmente vivera seu primeiro verão no acampamento e havia sido presenteado com um colar brega com uma conta e o armamento necessário para seu treinamento e sobrevivência em si. Tratava-se de uma espada longa de gume duplo e um anel da mesma cor que aparentemente servia para fazer seu corpo tornar-se mais difícil de ser ferido, o que acontecia com frequência devido ao tamanho azar e comportamento impulsivo que possuía.

Num geral passava as férias escolares no acampamento meio sangue e os períodos de aula num internato afastado da cidade pois Clifford dizia que não iria criar o filho do capeta dentro de casa.


O filho de Hades havia mudado muito conforme o tempo fora passando. Estava mais maduro, conseguia entender melhor os perigos aos quais estava exposto mas ainda assim sua mentalidade não era das melhores. Por muito tempo esperava que Hades fosse lhe dar a honra de uma visita, mas o deus permanecia sem lhe enviar sequer uma mensagem. Hunter sentiu-se abandonado por muito tempo principalmente sabendo que muitos semideuses tinham um contato mesmo que fosse mínimo com seu progenitor divino, mas com o tempo aquela ferida se calejou mas em compensação o rapaz tornou-se rancoroso para com o pai.

Durante um dos verões em que treinava, mais precisamente com a idade de 13 anos, Hunter havia mostrado uma habilidade ligada a fogo durante um treinamento de luta rotineiro. Lembrava bem de estar brandindo sua espada contra um filho de hermes e perdendo feio quando a raiva se apossou de seu corpo e expressou-se em forma de uma rajada de fogo negro que queimou o braço e a lateral do rosto do rapaz. Havia sido uma confusão. Hunter esperava que com aquilo iria afastar ainda mais as pessoas, que naturalmente o tratavam diferente pelo seu parentesco divino, mas depois do susto nada havia acontecido além de uma longa e chata conversa com Quíron e Dionísio na sala de reuniões. Eles falavam sobre um treinamento específico para aquela habilidade, a responsabilidade e o perigo que aquilo ofereceria caso ficasse fora de controle. Hunter mal ouvia o que falavam, estava mais interessado em saber se poderia carbonizar por completo uma das cadeiras ao redor da mesa de ping pong.

Revisava tudo aquilo aquilo em sua mente num momento nostálgico no meio de uma palestra na última semana de aulas. Era um veterano na Trinity Pawling, um internato masculino localizado na parte mais afastada de Nova Iorque. Estava sentado no fundo do auditório ao lado de um rapaz loiro que coçava a orelha com o mindinho e olhava para a frente com uma expressão completamente vazia. Aquele era seu bom amigo Drew McGowan, um garoto mortal com quem tinha um inexplicável vínculo e acompanhava Hunter em suas maiores idiotices. Drew era um bolsista de atletismo e competia em nome da escola em eventos esportivos ao redor do estado e essa era a única razão pelo qual não havia sido expulso ainda, ao contrário de Hunter que só permanecia na escola através de subornos do avô.

Hiperativo e ansioso como era, mal conseguia controlar a perna que estava num constante vai e vem batendo contra a cadeira a frente e provavelmente irritando quem a ocupava, mas não houveram reclamações. Claro que não, afinal quem ousaria reclamar com Hunter Braddock, o maior trombadinha da escola? Aquele pensamento o fez dar uma risadinha nasalada.

Não aguentando mais ouvir o discurso chato do palestrante, levantou-se da cadeira de supetão e saiu pela porta dos fundos que bateu fazendo um barulho que fora totalmente ignorado. Nos corredores da escola, seguiu pegando a esquerda para o banheiro afim de jogar uma água no rosto e mexer no celular. Teoricamente semideuses não podiam usar eletrônicos pois aquilo os colocaria no radar de monstros e praticamente qualquer coisa que quisesse o dilacerar com garras ou dentes, mas ainda assim Hunter mantinha um que estava constantemente em modo avião e era ligado apenas em ocasiões específicas, ou simplesmente quando queria vasculhar suas redes sociais abandonadas.

Entrou numa das cabines de frente a um dos três espelhos e ficou sentado sobre o vaso sanitário fechado enquanto mexia no aparelho. Tinha olhos e ouvidos atentos pois sabia que a qualquer momento um inspetor poderia passar ali e lhe dar um bronca, mas tudo que ouvia era o eco distante o microfone na palestra. Foi aí que algo o chamou atenção. Pela visão periférica seus olhos captaram um vulto loiro no espelho a sua frente. Inicialmente pensou que Drew havia lhe seguido mas ao erguer a cabeça não viu nada além do seu próprio reflexo vestindo o tradicional uniforme de Trinity Pawling com a gravata amarela folgada no colarinho. Volto a atenção para o celular mas passava pelo feed do twitter sem realmente prestar atenção em nada. Com a experiência de semideus, sabia que sempre podia estar rodeado de entidades e nada era o que parecia, mas ainda assim permaneceu com o celular ligado mostrando-se um belo idiota sem o mínimo de senso. Apenas quando ouviu uma leve movimentação ao seu redor foi que colocou o celular no modo avião novamente e o guardou no bolso do casaco.

— Quem é? —  A pergunta ecoou  enquanto levantava-se para examinar o local com as sobrancelhas franzidas mas não houve resposta. Saiu do cubículo e ao olhar para o lado esquerdo do espelho quase na saída do banheiro, uma figura feminina o encarava de volta. Tratava-se de uma bela mulher de cabelos loiros e feições afiladas trajando um vestido um tanto antiquado e imaculadamente branco que ia até os pés. Hunter sorriu e para a sua surpresa recebeu um sorriso em resposta. Era uma raridade que alguma mulher pisasse nos terrenos do internato e uma jovem tão bela num festival de salsicha daqueles era certamente uma surpresa agradável. — Se perdeu? — Perguntou se aproximando da jovem que continuava a sorrir sutilmente. — Qual seu nome?

— Olívia. — Ela disse num tom doce e o sorriso de Hunter aumentou mostrando seus dentes excessivamente brancos.

Adentrou no espaço pessoal de Olivia e a encarou por alguns segundos. Esperava que ela se afastasse ou o dispensasse como a maioria das garotas em que chegava, mas ela parecia apreciar sua aproximação, na verdade algo ali dizia que ela ansiava por aquilo. Hunter, idiota e ignorando todos os conselhos dados em filmes de terror, colocou uma mecha loira atrás da orelha da garota.

— Eu te ajuda a se encontrar. — Murmurou aproximando-se ainda mais. Mas foi quando seus lábios quase estavam se tocando que Olivia emitiu um som rouco e gutural e o semideus percebeu seu erro. O interior da boca de Olívia era como um vortex e seus dentes haviam se transformado em algo afiado assim como as unhas que logo estavam se fechando ao redor do filho de Hades, que gritou junto parte pela dor de ter a pele perfurada e parte pelo horror.

Num movimento puramente instintivo, deu uma joelhada no meio da pernas da garota, o que não fazia muito sentido mas foi o suficiente para que ela afrouxasse as garras e Hunter pudesse empurrar sua testa contra o espelho colado na parede. Olivia gritou e um rachão apareceu na superfície refletiva. Ela o empurrou com as palmas cravando as gargas e fazendo sulcos em seu peitoral, mas o garoto investiu novamente e usou o peso do corpo para joga-la no mesmo lugar, criando outro rachão.

Olívia tentou se defender e ergueu a destra mas Hunter fora mais rápido e antes mesmo que pudesse arranhar-lhe o rosto, segurou seu pulso com força pelas juntas enquanto a outra mão lhe pressionava o colo do peito para que permanecesse contra a parede espelhada.

Com um grito de dor vindo da moça, Hunter sentiu que os frágeis ossos de seus pulsos se separaram como se fossem peças do corpo de uma boneca. Foi assustador, mas funcionou. Ela retraiu o braço e foi o tempo que Hunter precisava para agarrar um punhado de cabelos da frente de seu rosto e repetidamente bater a parte traseira de sua cabeça contra o espelho.

A cada batida uma mancha viscosa do que lembrava muito sangue mas na verdade não era aparecia escorrendo e o rapaz apenas continuava até que numa pancada particularmente forte o corpo de Olivia cedeu e escorregou pela parede manchando o espelho atrás de si e como toda criatura do mundo inferior, seu corpo se dissolveu pouco a pouco em areia dourada.


O rapaz tirou o paletó escuro com certa dificuldade e viu que a área um pouco abaixo de suas costelas estava ferida e manchava a imaculada camisa de sangue. Seus músculos também doíam mas a adrenalina o impedia de sentir a dor completamente. Hunter girou o anel em seu dedo, o item provavelmente havia lhe salvado de ter sido mais fortemente perfurado e agradeceu mentalmente a seja lá quem o tivesse encantado. Por um segundo a imagem obscura do pai passou pela sua cabeça mas aquilo quase o fez rir. Hades não dava a mínima para o filho e muito menos se daria o trabalho de depositar qualquer resquício de seu poder naquele iem.

Imaginou que com todos na palestra, ninguém tivesse prestado atenção em seu pequeno conflito, então tratou de ir diretamente para o quarto e pegou a mochila de emergência que sempre estava preparada para momentos como aqueles. Deixaria para entrar em contato e justificar sua ausência para Clifford depois, naquele momento precisava chamar um uber e fazer uma longa e dolorosa viagem ao acampamento meio sangue afinal não podia fazer os curativos na enfermaria local devido a falta de desculpas para justificar os ferimentos.

Sorrateiramente deixou o dormitório enquanto acessava no celular o aplicativo de motoristas com direção a colina meio-sangue.

Juventude
— SE SUA MÃE ESTIVESSE VIVA MORRERIA DE NOVO SÓ DE DESGOSTO

— APROVEITA E MORRE COM ELA QUE JÁ PASSOU DA HORA!

Ouviu-se um barulho estrondoso de uma porta sendo violentamente fechada. A rachaduras na madeira ao redor só mostravam que não era a primeira vez que aquilo acontecia. Desde que havia voltado para casa devido ao recesso de verão na faculdade, Hunter estava tendo bem mais problemas do que o normal com o avô. A convivência entre os dois nunca havia sido das melhores, mas o velho estava especialmente encapetado nas últimas semanas. Talvez estivesse tentando compensar o fato de não ter infernizado tanto o neto dos últimos seis meses.


Hunter passou as mãos pelos cabelos num gesto nervoso e repetitivo enquanto andava de um lado para o outro do quarto, até que sem mais nem menos, desferiu um soco brutal no espelho na parede ao lado. Por alguns segundos encarando sua imagem desfigurada nas rachaduras do vidro antes de se jogar na cama com tamanho ódio que fez o colchão saltar sob seu peso.

Naqueles momentos tudo que sentia era ódio por aquele velho imundo cadeirante cheio de cirrose. Se fosse só o velho incomodando Hunter estaria rindo a toa, mas o problema mesmo eram os cinco tios sanguessugas que vinham no pacote. Aparentemente só sua mãe tinha tido cérebro o suficiente para arrumar uma saída daquele inferno pois seus irmãos insistiam em ficar na casa do pai, talvez esperando que ele morresse para brigar pela casa e herança, o que causava uma aglomeração que tiraria a sanidade de qualquer um. Todos ali, exceto Hunter, trabalhavam na empresa de Clifford que era sustentada apenas pela ousada descoberta de Willow nos anos 90, mas mesmo assim a mulher ainda carregava o título de assassina por ter tomado a fazenda para si e deixado os outros para sofrer, o que resultou no suicídio da avó de Hunter e consequentemente o ódio de sua família.

Naquele dia tinham discutido porque Marcoon, o tio mais velho, havia feito mais um rombo no orçamento mensal ao comprar um carro de luxo sem necessidade alguma. Hunter, com medo de perder a vida de luxo e o curso de direito para mais uma pá de dívidas, chamou todos na sala de estar e contou o acontecido para a família, o que resultou em umas três horas de bate-boca até que perdeu a paciência e presenteou Marcoon com um belo soco na cara. Clifford, que adorava semear a discórdia, chamou a polícia resultando em um belo boletim de ocorrência contra Hunter e todos foram parar na delegacia onde passaram umas boas horas até que finalmente fossem liberados sem maiores complicações.

Desejava do fundo do coração a morte daquele velho e de cada um dos seus filhos. Fantasiava todas as noites com o dia em que pararia de ser um covarde e iria desligar os aparelhos que o mantinham respirando enquanto dormia, mas por hora Hunter sabia que não podia assumir a empresa pois ainda tinha 20 anos e a ordem judicial dizia que a fazenda só seria sua quando completasse 21. Mas infelizmente não era bem assim que as coisas funcionavam. Hunter ainda era um semideus e com a vida dividida entre o semidivino e o mundo mortal seria uma receita para o fracasso e a empresa provavelmente iria para o saco.

Suspirou pesadamente na cama e seus olhos se desviaram para a mala de viagem extremamente detonada porém pronta para sua viagem ao acampamento. Estar escondido em lugares afastados da grande Nova Iorque era uma boa maneira de sair do radar dos monstros, mas já fazia uma semana desde que voltara do recesso da faculdade e sabia que estava abusando da boa sorte estando na casa do avô, porém a imprudência e desejo de viver uma vida mortal nem que fossem por poucos dias era mais forte. Naquele momento seu desejo era de pegar as chaves do mustang que Marcoon havia comprado e dirigir loucamente pela cidade, batendo em tudo que lhe aparecesse no caminho, encher a cara e achar uma mulher que fosse degenerada e bonita o suficiente para passar uma noite consigo. Mas infelizmente o senso de responsabilidade lhe bateu mais forte e acabou por se levantar pegar a mala, deixando o quarto trancado atrás de si e dirigindo-se ao portão principal da sala. Felizmente devido a confusão todos estavam enfurnados em seus aposentos,  logo Hunter não teve que se despedir de ninguém e o único anúncio de sua ausência fora a batida na porta.

Do jardim pôde ver a garagem trancada e sabendo que o carro estaria lá dentro, não pôde controlar seus instintos e deu meia volta para pegar as chaves que se encontravam desleixadamente em cima da mesinha próxima a porta antes de sair novamente. Tirou o controle do bolso e pressionou o botão branco que abria a porta da garagem revelando o imaculado veículo vermelho.

O sorriso no rosto de Hunter naquele momento estava mais para um esgar. Entrou no carro e deu a ré mais mal dada de sua vida, arranhando a lateral do veículo na borda da garagem. Nem se importou em fechar o portão, apenas dirigiu em altíssima velocidade pelas caóticas ruas de Nova Iorque sem dar a mínima para lombadas ou sinais. O rádio estava ligado e tocando uma música alta que só fazia com que a adrenalina lhe batesse mais forte ainda
Musica:

Surpreendeu-se pela polícia não estar em seu encalço quando tomou rumo as rodovias que levava a praia de Long Island. Por sorte a estrada não estava cheia ou Hunter faria questão de passar por cima de cada carro que ousasse entrar em seu caminho. Naquela velocidade não demorou muito para que chegasse a metros da conhecida praia do acampamento meio-sangue. Nunca tinha feito sua entrada ou saída por ali, mas acreditava que tudo funcionava da mesma forma.

Saltou do carro e deixou as chaves ali mesmo na ignição como um presente para quem encontrasse. Não sabia se havia um rastreador ou qualquer coisa do gênero, na verdade pouco ligava e queria mais era que Marcoon explodisse de ódio. Arrodeou o mustang vendo com satisfação os danos na pintura e quando chegou ao porta-malas deparou-se com a placa e deu gostosas gargalhadas ao imaginar as enormes multas que chegariam na casa em pouco tempo.

Com a mala em mãos, seguiu alguns metros a sua frente arrastando as rodinhas sobre a areia com dificuldades. Odiava areia, sempre entrava em seus sapatos e roupas. Na verdade odiava praias num geral, mas já estava ali e não iria fazer outro caminho. “Talvez o bosque em si fosse ainda pior”, pensou ao lembrar do acontecimento de anos atrás.

O vento lhe varreu o rosto trazendo o agradável cheiro de morangos e denunciando que finalmente havia ultrapassado os limites do mundo mortal. Sendo assim, Hunter começou a subir pela praia de fogos vendo ao longe a parede de escalada transbordando de lava e mais a frente, seu destino: Os chalés. Tudo que tinha que fazer era deixar a mala no chalé 13 e ir até a casa grande anunciar sua chegada. Mas é claro que nem tudo era tão simples assim.

Duas garotas o esperavam no meio do caminho. Ambas com pele esverdeada, vestidos leves e cabelos esvoaçantes. Suspirou ao perceber que era uma dupla de ninfas. Hunter nunca teve uma boa relação com elas ou a natureza num geral, mas também nunca havia tido problemas graves. Mas então porque uma delas carregava uma espada e a outra um chicote que parecia ser feito do caule de uma rosa muito espinhosa? Não sabia responder. Uma delas estalou o chicote no chão e encarava o rapaz com fúria.

—  O que é isso, a nova patrulha do acampamento? — Falou com humor na voz e um sorriso no rosto, mas elas permaneciam em silêncio e expressões nada boas, o que o fez pensar que aquilo não eram uma situação comum. — Geralmente não sou muito fã desse tipo de prática. — Disse largando o puxador da mala e girando o anel em seu dedo onde imediatamente a espada de ferro estígio apareceu em sua mão. — Mas se vocês estiverem afim eu posso dar um jeito. — Disse com o mesmo sorriso adornando a face. Ambas chiavam cheias de ódio. Hunter não queria problemas naquele momento, tinha sido uma longa viagem e um dia estressante, e sem contar que entrar em combate contra ninfas não era bem uma coisa moral para o acampamento, mas naquele momento não tinha escolha. A que portava a espada avançou cegamente e sua lâmina de bronze se chocou com a negra do outro. Engajaram em combate imediatamente. A ninfa não era uma boa espadachim, mas era rápida e bloqueava muito bem  as investidas de Hunter.

Distraiu-se tanto com ela que esqueceu da outra até que o chicote atingiu suas costas. A dor o fez com que o tecido da camisa se abrisse juntamente com um corte que julgara superficial, mas foi o suficiente para que largasse a espada e tomasse um golpe desferido pela lâmina da espada alheia no braço esquerdo.

Seus joelhos cederam e no curto tempo que caia, olhou ao redor a procura de algum campista que pudesse lhe ajudar, mas estava completamente sozinho. Estava entardecendo, logo todos possivelmente estariam encerrando as atividades e se arrumando para o jantar. Hunter sentia dor mas graças a seu anel, e muita adrenalina, conseguiu reunir forças o suficiente para concentrar energia em suas palmas que imediatamente ficaram quentes e puxar a perna da ninfa que o ferira com a espada para o chão. Rolou o corpo sobre o dela e lhe desferiu um soco com as mãos envoltas em chamas negras, agarrando o rosto outrora bonito da criatura em seguida. Não queria fazer aquilo, mas concentrou-se em aumentar a intensidade do fogo e segurou-a com força deixando que seu crânio fosse tomado pelo elemento.

Enquanto queimava uma a outra desesperada lhe chicoteava as costas fazendo-o se retrair de dor a cada golpe, mas ao perceber o corpo já sem vida sob si, levantou-se com dificuldade e notou que a outra ninfa recuava com um olhar de pesar e horror estampado no rosto. Ela juntara as mãos contra a boca para cobrir a expressão mas Hunter a olhava com ódio. Já havia a muito passado da diplomacia. Ignorando totalmente a espada no chão, perseguiu a ninfa que corria na direção da floresta fazendo com que arbustos e raízes dificultassem o caminho. A dor e a dificuldade para respirar quase o venceram, mas se recusava a sair daquela desmoralizado.

Numa brisa contrária, os cabelos castanhos sopraram na direção do filho de Hades que se impulsionou para frente e puxou pelos fios trazendo-a para si. Mal olhou em seus olhos, apenas envolveu as mãos em seu pescoço e apertou com força; Ela se debatia e tentava fugir de qualquer formas, mas mal conseguia usar seus poderes devido a asfixia e pouco a pouco padecia em seus braços.

— Por… Perséfone. — Foram as últimas palavras da ninfa antes de seu corpo ceder e cair no chão sem vida.

Cansado, ferido e enraivecido, Hunter se sentou com os no chão com os joelhos próximos corpo ao lado do cadáver que diferente dos monstros começava a ser absorvido pela terra. Imaginou que a criatura voltaria a ser uma árvore em uns dias, ou não. Não se importava e se fosse preciso a mataria novamente.

— Filha da puta. — Resmungou num tom sofrido enquanto tentava se levantar. Percebeu que seu anel novamente tinha a parte interior giratória indicando que a espada havia retornado a sua forma inofensiva. Sendo assim andou com dificuldade até sua mala e arrastou-se para a enfermaria ali próximo mesmo que a cada passo dado parecia que iria desmaiar. Ao colocar os pés na soleira da porta empurrou a superfície de madeira com a destra e felizmente avistou um curandeiro que estava ali encerrando seu expediente.

—Deuses, o que aconteceu? — Perguntou enquanto guiava o filho de Hades para uma das macas onde deitou-se de bruços já que a maior parte de seus ferimentos eram nas costas.

— Depois eu explico.  — Falou fechando os olhos e respirando com dificuldade enquanto ouvia apenas os frascos de vidro chocando-se uns contra os outros devido a pressa do curandeiro e em pouco tempo o restante de sua camisa foi cortado para abrir espaço e havia uma solução cremosa sendo passada sobre os cortes em suas costas.

Cansado e dolorido, deixou que seu cérebro divagasse enquanto o curandeiro trabalhava, mas uma frase ainda perdurava em sua mente. ”por Perséfone” fora o último suspiro da ninfa. O que aquilo queria dizer? Será que a deusa estava se vingando indiretamente do marido por ter um filho bastardo? Hunter poderia rir se não sentisse tanta dor só de imaginar o quão ineficaz aquela estratégia seria, tendo em vista de Hades nunca havia sequer mostrado a fuça divina para o filho. Talvez Perséfone se ressentisse com o próprio Hunter, mas aquilo não faria sentido afinal nunca tinha feito nada de errado para a deusa demonstrar tamanho desejo em elimina-lo.

Em meio a pensamentos, finalmente sentiu seus músculos relaxarem e um aroma de papoula encher o ambiente. Primeiramente ficou agitado imaginando que mais natureza iria lhe atacar.

— Sou filho de Hipnos.— Justificou ao ver Hunter agitando-se na maca. — Você precisa dormir um pouco, está tudo bem. — Ele disse e o aroma ficou mais forte. Foi ali que Hunter apenas desligou enfiado num sono sem sonhos.
Hunter Braddock
Hunter Braddock
Filhos de Hades
Localização :
Somewhere

Idade :
27

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一 Everybody wants to rule the world Empty Re: 一 Everybody wants to rule the world

Mensagem por Apolo Dom Fev 14, 2021 2:50 pm

avaliação

Olá, Hunter! Primeiramente, parabéns por ter iniciado seu tópico de MBP. Tenho alguns pontos importantes a ressaltar nessa avaliação, então não podemos perder tempo.

Vamos aos quesitos “técnicos”. Você escreve muito bem, eu percebi isso conforme devorava os parágrafos que você proporcionou. Os encaixes da narrativa e como você a separou em períodos da vida de Braddock me mostraram quem é esse personagem tão intrigante e singular. Particularmente, eu adorei a personalidade de Hunter — apesar de ser alguém enfezado, você conseguiu torná-lo interessante e divertido.

Foi engraçado acompanhá-lo, assim como compreendê-lo. Você certamente criou um personagem cativante do qual espero ver mais no futuro. Entretanto, não pude deixar de notar que você cometeu alguns deslizes ortográficos ao longo da obra — você principalmente “engoliu” letras, deixando algumas palavrinhas incompletas pelo caminho. Às vezes o problema era uma vírgula mal posicionada, ou mesmo a ausência dela. Apesar de ter sido recorrente, principalmente nos parágrafos iniciais, acredito que uma revisão teria dado fim a esses erros que eu não considero graves.

Portanto, mais atenção da próxima vez! Uma leitura final pode salvar sua pele.

Por fim, eu me sinto na obrigação de dizer que o seu template me deu dor de cabeça nos primeiros cinco minutos de leitura. O fundo preto e as letras brancas quase acabaram comigo, sério. Peço que, se for possível, você mude em postagens futuras e priorize fundos claros e letras escuras. Agora um adendo importantíssimo: não esqueça de colocar seus itens e poderes em spoiler, ou eles serão desconsiderados. Vou dar um desconto em coerência por essa ser a sua primeira postagem e pelo seu desempenho ter sido primoroso nas demais categorias avaliativas, mas é algo que outros avaliadores podem realmente pegar no seu pé.

Espero que não se repita, Braddock.

Você citou a utilização de poderes, como a manipulação do fogo negro (que eu achei incrível), mas você não possui a habilidade. Isso também o fez perder alguns pontos de coerência. Ademais, não se esqueça dessas dicas para suas postagens futuras. Eu espero ver mais de você por aqui. Até a próxima!


ResultadoCoerência: 30 de 40 pontos obtidos
Coesão: 30 de 30 pontos obtidos
Ortografia: 10 de 15 pontos obtidos
Organização: 14 de 15 pontos obtidos

Subtotal: 84 *3
Total possível em uma MBP: 300 xp's e 75 dracmas
Total obtido: 252 xp’s e 63 dracmas

descontos- 10 HP pelos ferimentos em combate
- 15 MP por esforço físico

Atualizado!

MONTY
Apolo
Apolo
Deuses

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