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Mensagem por Lilith Doutzen Sex Out 16, 2020 3:49 pm



TRIUMPH


De novo, papai. De novo!
Mais uma vez, sim? E então você vai dormir.

Concordou algumas vezes antes de deixar sua cabeça tombar contra o travesseiro e escutar as palavras que não compreendia bem – mas que nunca fizera muita questão de questionar.

Estavam perdendo o anjo mais lindo que habitara o paraíso. — começou, alisando os fios loiros da garota. — Por isso, quando nasceu, os céus choraram por sete dias e...
Sete noites!
Isso mesmo. Tão bela que o reino parou para assisti-la ao sair do ventre. Os olhos mais verdes que já tinham visto.
Como eu, papai?
Exatamente como você. A princesa, com toda aquela atenção, sorriu. Encantados, mal viram quando a rainha foi levada pela bruxa do Norte.
A princesa não tem mamãe?

O homem negou com a cabeça.

O mago, que superou o encantamento mais rápido que todos os habitantes daquele reino, logo percebeu, que estavam perdidos. O mundo cairia pela princesa de olhos verdes.

A versão do nascimento de sua única filha floreava o fato de que tinham sido abandonados pela deusa do inverno. O pai, entusiasmado com a rara atenção que recebia da filha, estendia a história até os dias mais atuais. Adicionava suas peripécias, suas descobertas.

Adicionava as peculiaridades da bonequinha de gelo.

Lilian não entendia muito bem do que aquela história tratava e, não muito tempo depois, teria de descobrir por conta própria. Como general do exército americano, não demorou para que o homem fosse chamado para o Iraque.

there is a house in charming town

Foi quando conheceu o inferno pela primeira vez.

O Internato Branksome para meninas era um local acolhedor, se não fosse o temperamento difícil da garota Marshall.

Estava revoltada.

Era compreensível. Desde seu nascimento, não havia passado nem mesmo um dia sem o pai; de repente, passaria seis meses sem vê-lo. E também não se deveria ignorar o fato de que tinha sido muito mimada.

Ao se ver submissa às mais de cem páginas do regulamento que a Branksome Hall dispunha, viu-se encurralada.

Por isso, seus poderes não demoraram muito para se manifestar. Em seu terceiro mês, fez nevar sobre a garota que tinha puxado seus cabelos. Depois disso, foi fácil perceber que as garotas más tinham o que queriam mais facilmente.

they call the rising sun

Houve um momento estranho quando se encontraram.

Você me abandonou.
Lilith, sabe que não é verdade.
Eu fiquei sozinha. Eu não tinha um quarto só para mim e eu também não tinha ninguém para brincar.
E as meninas?
Eu não queria brincar com elas! Elas eram más. Faziam coisas comigo. Foi muito difícil!

Os olhos marejados da criança deixavam claro que todas as palavras ditas eram reais – pelo menos uma parcela delas. Essa última parte, contada de forma calculada, eram apenas palavras vazias, críveis pelas lágrimas que saltavam de seu rosto. E quando o velho Marshall, que agora tinha parte de suas ideias prejudicadas pelos traumas que vivera, acreditou nela e a embalou em seus braços, sorriu.

Já acabou, pequenina. — Murmurou contra os cabelos, que, durante aquele inverno, tomaram um tom ainda mais claro. — Você pode ficar tranquila.
Eu não vou ter que voltar?
Não. Mas eu preciso que me faça um favor. Eu sei que vai ser difícil, mas você precisa ao menos tentar.
O que é?
Eu fiz uma amiguinha durante a… viagem. A mamãe e o papai dela foram levados pela mesma bruxa que levou a mamãe da princesa, sabe? Então eu disse a ela que ela poderia passar um tempo aqui em casa.
Ela é bonita?
Linda. Mas nada se compara a você. Posso chamá-la?

Carrancuda, Lilian acenou positivamente, sentando-se no banquinho do piano enquanto aguardava.

Para Anastácia, exibiu uma faceta gentil e agradável. Era uma adolescente bonita, traços bonitos, marcantes, e sorriso doce. Ficou no quarto de hóspedes, que logo ganhou personalidade.

No fim das contas, até que gostava dela.

Porque depois que seu pai voltara, as memórias já não estavam mais intactas. Já não era capaz de contar sobre a princesa do reino de gelo, sobre a Bruxa do Norte, sobre a mãe perdida na floresta.

Na verdade, a maioria das vezes era incapaz de se lembrar que a mulher que gerara Lilian tinha ido embora. E isso só estava piorando.

Anastácia e suas curiosidades sobre os inúmeros países que conheceu antes dos Estados Unidos já eram mais interessantes que as memórias distorcidas de um velho traumatizado.

Até porque, Lilian Marshall precisava ser a melhor.

it's been the ruin of many a poor girl

Não tardou muito para que o senhor Marshall fosse chamado outra vez pelo exército.

Pai?
Aqui, princesa.

Atravessou a porta do quarto, sentando-se na beirada da cama, enquanto assistia o homem ajustar os botões da farda contra o peito. O sol não tinha nascido ainda, a iluminação do par de abajures em cada lado da cama proporcionava um brilho ínfimo comparado à lua que banhava a pequena família que parecia conformada com aquela rotina.

Lilian não estava. Longe, muito longe disso. Pensava em quanto tempo levaria até que voltasse. Se voltaria bem, se seria feio, se sua memória acabaria muito distorcida para que conseguissem falar sobre o jogo de domingo de manhã.

Seu pai estava partindo mais uma vez e a garota Marshall não tinha destino, data de retorno ou qualquer garantia de que o veria novamente.

Mas estava acostumada às incertezas. Ainda que não as aceitasse.

Você me ajuda com os botões?

Uma última vez, assentiu. Ajustou os botões do casaco da farda do homem, antes de ajustar as golas e a boina. Sorriu, lágrimas crescendo em seus olhos verdes, brotando como pequenas gotas numa chuva de verão.

A buzina soou lá embaixo.

Sua mãe está esperando.
O exército que vai te levar, lembra papai? Mamãe teve de sair mais cedo para
Mas não amanheceu ainda.
Problemas com a Bruxa do Norte

O homem assentiu confuso, antes de descer as escadas com Lilian em seu encalço.

Você vai estar aqui quando eu voltar?
Sim senhor, como sempre.

A mentira saiu arrastada, casual. Sabia que depois daquele dia, só voltaria a vê-lo cinco anos depois. Não havia lugar para Lilian em uma cidade tão pequena.

Resolveu que não poderia ficar mais naquela casa e o mundo parecia conspirar ao seu favor. Porque na semana que terminou de planejar sua fuga ensaiada, ele apareceu.

Eram muito parecidos. Os traços que não puxara ao seu pai estavam presentes no rapaz tanto quanto estavam nela. Tinha uma pose confiante e um sorriso que indicava que ele não estava parado em frente à última casa da Estrada Penncross por coincidência.

Mas então ele sumiu. Bem na frente de seus olhos. Quando reapareceu, tinha a mão tapando a boca da criança, que agora se debatia contra o aperto do corpo do homem.

Lilian Marshall, certo? Fique calma. Eu posso te ajudar.

Acenou positivamente e deixou-se acalmar, antes que ele se afastasse dela, erguendo as mãos acima de sua cabeça.

Quíron pediu para resgatá-la.
Quem?
Olha, eu não tenho muito tempo. Preciso te levar antes que eles cheguem.
Me levar pra onde? Quem chegue?
Sequestradores. Você precisa confiar em mim, vou te levar pra um lugar onde você vai poder fazer nevar sem ser censurada.
Como…
Vamos, eu te explico no caminho. Por favor?

O rapaz encarou a janela brevemente, antes de chamar com a mão e apontar um pequeno grupo parado no meio da rua, com um cachorro que tinha o porte de um… elefante. As próprias mãos cobriram sua boca para silenciar o grito que se formou em sua garganta. Eles agora apontavam para a casa onde estava.

Não temos tempo. Você precisa vir agora.
E minha irmã?
Ela estará a salvo, venha.

Aquilo ia contra tudo o que tinha aprendido. O homem era um desconhecido, muito mais velho que a menina e sabia demais. Mas ele tinha uma ideia muito melhor que a fuga que tinha planejado.

Você conhece algo de Nova Iorque?
A estátua da Liberdade?
Tudo bem, você precisa pensar nela muito bem. Agora pise nisso aqui.

Acenou positivamente. Visualizou a pequena porção de terra que tinha em volta da base da estátua onde tinha feito um piquenique e, ao pisar na pedra, sentiu-se ser sugada para longe do velho casarão.

and me, oh god, i’m one

A imagem da Estátua passou em um relance por seus olhos, antes que sentisse o puxão em sua mão. Logo, corriam para furtar, como dissera Adam, uma das lanchas paradas no píer.

Não levou muito tempo para que estivessem parados frente a uma rua movimentada de Nova Iorque

E agora?
Agora, nos separamos. — Jogou uma moeda grande no chão, antes de voltar a falar — Stêthi, Ô hárma diabolês!
Carruagem da danação?
Viu? Grega mesmo! Quando elas pararem, corra para dentro da floresta. Vai ver o portal rapidinho, sim? Foi um prazer, Lilian Marshall. Se precisar de mim, peça para Quíron me chamar, sim?
E como é o seu nome?
Nicholas. Nicholas Capuozzi.

i'm staying here to end my life, down in the rising sun

O sexto aniversário de Lilith que seria comemorado no acampamento estava chegando.

O sexto aniversário sem seu pai.

Não importava muito. Nicholas garantira que ele estava bem – mas não exatamente são.

No fim das contas, tudo se resumia ao meio irmão. Foi ele quem escolheu um novo internato em Nova Iorque, providenciou sua mudança, comprou um apartamento, as roupas novas e contratou Lawford, seu motorista. Foi ele quem sugeriu um novo nome.

Ele também havia aprovado sua escolha, mas tinha reclamado um pouco quando a semidivina optou por um sobrenome que vira na capa da Vogue.

Ninguém de sua antiga vida a encontraria se ela não quisesse, prometeu.

Lilith? Quíron pediu para te chamar.

Assentiu, antes de sair de seu treinamento para caminhar até a Casa Grande. O centauro a encarava com pesar quando adentrou a sala, como se fosse lhe contar a pior notícia do mundo

De fato, meio que era.

O que houve?
Nicholas está desaparecido.


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Lilith Doutzen
Lilith Doutzen
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Mensagem por Éris Sáb Out 17, 2020 4:03 pm

Lilith Doutzen
Avaliação
Olá, filha de Despina!

Primeiramente, gostaria de elogiá-la pela maneira que desenvolveu seu texto. A escrita, ainda que simples, era mesclada com detalhes ricos que trazem cenários vívidos à mente do leitor. Pessoalmente, me senti envolvida na história de Lilian e seu pai, que foram separados por infortúnios e deveres. A forma como o desenrolar da relação de Lilith com o afastamento do pai fora trazida foi esplêndida!

No entanto, gostaria de apontar situações onde vi pequenos erros de pontuação:

Lilith Doutzen escreveu:— O mago, que superou o encantamento mais rápido que todos os habitantes daquele reino, logo percebeu, que estavam perdidos. O mundo cairia pela princesa de olhos verdes.
A vírgula que antecede o ''que'' é desnecessária;

Lilith Doutzen escreveu:— Sua mãe está esperando.
— O exército que vai te levar, lembra papai? Mamãe teve de sair mais cedo para
— Mas não amanheceu ainda.
Problemas com a Bruxa do Norte
A última frase do diálogo pareceu implícita. Era uma pergunta, uma afirmação, uma piada? Além de que, na segunda frase, fora terminada sem haver uma conclusão;

Lilith Doutzen escreveu:O sol não tinha nascido ainda, a iluminação do par de abajures em cada lado da cama proporcionava um brilho ínfimo comparado à lua que banhava a pequena família que parecia conformada com aquela rotina.

Lilian não estava. Longe, muito longe disso.

Um conectivo certamente cairia bem entre as duas frases; além do mais, o corte de parágrafos é desnecessário. Ao referir-se a Lilian, o adjetivo que lhe antecederia já não se encontra no mesmo parágrafo e não tem ligação com o substantivo próprio que inicia a frase.

Além do mais, não entendi muito bem quem era a personagem Anastácia, senti falta de uma descrição e demonstração de qual seria seu papel na história.

Enfim, gostaria de finalizar dando-lhe os parabéns por esse ótimo início de trama. Certamente me fez ficar ainda mais curiosa com a jornada que Lilith terá por aqui, estarei acompanhando!

Pontuação

Coerência: 40 de 40 pontos obtidos
Coesão: 30 de 30 pontos obtidos
Ortografia: 12 de 15 pontos obtidos
Organização: 14 de 15 pontos obtidos

Subtotal: 96 *3
Total possível em uma MBP: 300 xp's e 75 dracmas
Total obtido: 290 e 73 dracmas

atualizado.

MONTY
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